Não aprendemos a dizer adeus e acostumamo-nos a pôr virgulas onde deveremos por pontos finais. Quantas páginas abertas na nossa vida precisam de ser encerradas? Quantas cicatrizes precisam de ser apagadas? Quantos adeus não aprendemos a dizer no momento certo? Será que o inverno algum dia passará? É um desafio maior do que parece, às vezes não convivemos em harmonia com o passado e o que mais desejamos é apanhar o primeiro avião com destino à felicidade em alta velocidade. Contudo o caminho até lá pode tornar-se árduo. E porque será que isso acontece? Aconteceu de repente? Ou tudo apontava para o esse desfecho?
A não ser que sejamos emocionalmente muito experientes ou que tenhamos vivido poucas circunstâncias difíceis já percebemos que a vida é intensa e as interações que experimentamos não são nada fáceis. Se é difícil conviver bem connosco próprios, com os outros então é de fugir à realidade. É muito complicado percecionar o mundo fora das nossas cabeças, sentir, enxergar como se fossemos o outro, se é custoso conviver com nosso próprio ego, imaginem como será com o do próximo? Não controlamos o que os outros pensam, fazem e a forma como decidem viver.
Relacionamentos entre pessoas, sejam eles de que natureza forem, não são fáceis, mas podem torna -se difíceis e impossíveis se não comunicarmos de forma clara. Será que dizemos tudo com clareza e respeito? Será que perguntamos ao outro como ele se sente? Agirmos como se todos tivessem a obrigação de adivinhar o que se passa dentro de nós mesmos. Não podemos punir ninguém pelo facto, nós não somos palavras cruzadas, nem sopa de letras, para os outros adivinharem o que pensamos! E muito menos devemos culpabilizar alguém por isso, não só não é certo, como é uma postura infantil que fatalmente afeta as nossas relações mais importantes.
Da mesma forma se coloca a questão: onde colide então o nosso mundo com o do outro? Será que temos a habilidade em compreender que nossas as dores, desejos, emoções, não são mais importantes que as do outro? O que sabemos nós, quando enxergamos somente o ó do nosso umbigo? Sabemos aquilo que pressupomos que sabemos, muitas vezes baseado em interpretações erradas, ou de lógica invertida. Não existe diálogo quando não sabemos ouvir. Será que escutamos para ouvir de verdade o mundo da pessoa ou só ficamos à espera da nossa vez de falar? Se assim procedermos, infelizmente só teremos acesso a um bocadinho desse mundo, e somente através do diálogo iremos alcançar a verdade e o conhecimento do próximo.
Com respeito, carinho, compreensão, partilhemos, dialoguemos sejamos empáticos, e digamos às pessoas que são importantes e que a felicidade para nós são elas próprias.
1 Xi coração Pipe.
( este texto destina-se a todas as formas de amor e todas as formas de relações interpessoais)